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Desvendando o Hormônio do Crescimento: A Fisiologia por Trás do GH e Seus Impactos no Corpo Humano

 O hormônio de crescimento (GH), também conhecido como somatotrofina, é uma proteína endócrina fundamental para o crescimento e desenvolvimento humano, além de desempenhar um papel crucial no metabolismo. Produzido pela glândula pituitária anterior, o GH influencia uma série de processos fisiológicos que vão desde a promoção do crescimento linear durante a infância e adolescência até a regulação do metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios na idade adulta. Sua liberação é estimulada por hormônios hipotalâmicos, como o hormônio liberador de crescimento (GHRH) e inibida pelo somatostatina. A ação do GH ocorre principalmente devido à sua capacidade de estimular a produção do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) no fígado e em outros tecidos. Estudar a fisiologia do GH é vital não só para entender os mecanismos que regulam o crescimento e a homeostase metabólica, mas também para abordar disfunções relacionadas ao seu excesso ou deficiência, que podem resultar em condições como gigantismo, acromegalia e nanismo hipofisário. O aumento das concentrações de IGFBP-3 é, entretanto, menos marcante que o de IGF-1 fazendo que ocorra aumento da relação molar IGF/IGFBP-3 que, associado à diminuição das concentrações de IGFBP-1, pode refletir maior bioatividade dos IGFs (24). Os IGFs são produzidos na maioria dos órgãos e dos tecidos do organismo, visto que sua secreção ocorre à medida que são produzidos, não existindo um órgão de armazenamento. Sabe-se, atualmente, que para que o crescimento seja adequado tanto o IGF circulante, de origem principalmente hepática, quanto os IGF produzidos nos tecidos são fundamentais. Este conceito reforça a importância das ações endócrinas, parácrinas e autócrinas dos IGFs (11,12). As concentrações de GHBP têm sido utilizadas na avaliação da expressão do gene do GHR e da presença de possíveis mutações, particularmente nos éxons 2 a 7 deste gene, responsáveis pela codificação da porção extracelular do GHR (9). A IGFBP-1 é sintetizada em diversos tecidos, apresentando-se no Western blotting como uma banda de 30 kDa. Quando associada à molécula de IGF forma um complexo binário de aproximadamente 40 kDa, que atravessa a barreira endotelial intacta, em processo dependente de insulina, permitindo rápida mobilização dos IGF/IGFBPs para os tecidos (23,26). A vida média do IGF-1, quando associada às IGFBPs nestes complexos binários de 40 kDa, aumenta de 10 minutos para cerca de 25 a 30 minutos (2,10). As concentrações de IGFBP-1 são mais elevadas ao nascimento e diminuem com a idade durante a infância e a adolescência (24). As concentrações de IGFBP-1 apresentam marcada variação ao longo do dia, mostrando correlação inversa com a insulinemia; podem ser supressas em poucos minutos após as refeições e elevam-se com o jejum noturno, atingindo valores cerca de dez vezes mais elevados ao final da noite (27,28). Embora a insulina seja o principal regulador da secreção da IGFBP-1, o glucagon e o cortisol estimulam sua secreção em situações de insulinemia controlada ou hipoinsulinismo (29,30). Em condições fisiológicas, a variação de suas concentrações ao longo das 24 horas sobrepõe-se às variações observadas nas concentrações do cortisol (31). Produção e Liberação do GH Esse receptor apresenta alta afinidade, tanto pelo IGF-1 quanto pelo IGF-2, entretanto, acredita-se que os sítios de ligação no receptor sejam distintos (13). A maioria das ações conhecidas dos IGFs é mediada via IGF-1R, não sendo ainda claro o papel fisiológico do IGF-2R. O IGF-2R, com peso molecular de 220 a 250 kDa, cujo gene localiza-se no braço longo do cromossomo 6 (6q26), é estrutural e imunologicamente distinto do IGF-1R e parece ser idêntico ao receptor monomérico cátion-independente da manose-6-fosfato. A afinidade pelo IGF-2 é alta e aproximadamente 500 vezes maior que pelo IGF-1. Há indícios de que o IGF-2R possa participar da remoção do IGF-2 do ambiente extracelular (2,10). Recentemente, demonstrou-se que determinados polimorfismos do gene do IGF-2R estão associados a menor crescimento nos primeiros anos de vida (14). Concomitantemente às alterações da secreção de GH, ocorrem alterações nas concentrações dos integrantes do sistema IGF, algumas delas como conseqüência direta da elevação das concentrações de GH. Quando os hormônios não estão funcionando corretamente, dizemos que o corpo está sofrendo uma disfunção hormonal, que pode ocorrer tanto nos homens quanto nas mulheres. O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas e que atua no equilíbrio da taxa de glicose no sangue. Ao identificar o gatilho de reação, a amígdala ativa o hipotálamo para que este possa ligar o sistema nervoso ao endócrino. A glândula pituitária (hipófise) libera para as glândulas suprarrenais a ativação do hormônio. Produzida pela glândulas suprarrenais (adrenais), a adrenalina é o hormônio que atua no sistema nervoso, sendo liberado em momento de tensão e estresse, desenvolvendo sua função de preparar o corpo para a ação de algo. O T4 atua em conjunto com outro hormônio, a tri-iodotironina (T3) e na falta desses hormônios, acontece a liberação do TSH, estimulando a produção desses hormônios. Para a reposição do hormônio do crescimento o tempo é aliado, ou seja, quando mais cedo for identificada a necessidade, melhores serão os resultados. A produção do hormônio de crescimento é regulada por um complexo sistema neuroendócrino. O hipotálamo secreta o GHRH, que estimula a liberação do GH pela glândula pituitária anterior. Em contrapartida, a somatostatina, também produzida pelo hipotálamo, atua como um inibidor, reduzindo a secreção de GH. A liberação do hormônio de crescimento não ocorre de maneira constante, mas sim em pulsos, sendo mais elevada durante a infância e adolescência, épocas críticas para o desenvolvimento e crescimento. Essa liberação é influenciada por fatores como sono, estresse, dieta e níveis de atividade física. Durante o sono, especialmente na fase de sono profundo, a secreção de GH atinge seus níveis máximos, ressaltando a importância do descanso para o crescimento adequado e a regeneração celular. Mecanismo de Ação do GH Uma vez que o GH é liberado na corrente sanguínea, ele se liga a receptores específicos em diversas células do organismo, desencadeando uma série de respostas biológicas. A ativação do receptor de GH resulta em uma cascata de sinalização que ativa a via JAK-STAT (Janus kinase-signal transducer and activator of transcription). Esta ativação leva à produção de IGF-1, que é um mediador crucial das ações do GH, promovendo crescimento celular e anabolismo em tecidos como músculos e ossos. Além disso, o GH tem efeitos diretos em tecidos-alvo, incluindo a estimulação da lipólise, que é a quebra de gordura armazenada para uso como energia, além da melhoria da captação de aminoácidos e síntese proteica. Funções do Hormônio de Crescimento O hormônio de crescimento desempenha uma multiplicidade de funções em diversas fases da vida. Durante a infância, seu papel é inerente ao crescimento ósseo e ao aumento da estatura. O GH estimula a proliferação de condócitos, que são células cartilaginosas responsáveis pelo alongamento dos ossos longos. Para adultos, o GH mantém a massa muscular e a densidade óssea, além de regular o metabolismo. O hormônio também tem implicações na saúde metabólica, regulando a gordura corporal e promovendo o equilíbrio glicêmico. A deficiência de GH pode levar a problemas significativos, como crescimento inadequado em crianças e aumento de gordura corporal em adultos, enquanto o excesso pode resultar em condições graves como a acromegalia e diabetes mellitus. Desordens Relacionadas ao GH Desordens na secreção do hormônio de crescimento podem trazer consequências sérias para a saúde. A deficiência de GH na infância pode resultar em nanismo hipofisário, caracterizado por baixa estatura e atraso no desenvolvimento físico. Em adultos, a deficiência pode causar redução na taxa metabólica, aumento de gordura corporal e diminuição da massa muscular e da força. Por outro lado, o excesso de GH, geralmente associado a tumores hipofisários, pode provocar gigantismo em crianças e acromegalia em adultos, condições que se caracterizam pelo crescimento exagerado de ossos e tecidos. A avaliação adequada e o tratamento dessas condições são essenciais para restaurar o equilíbrio hormonal e melhorar a qualidade de vida dos afetados. Conclusão O hormônio de crescimento é um componente essencial para o desenvolvimento humano, com um papel vital em processos que vão além do crescimento físico, abrangendo também a manutenção do metabolismo e a homeostase. A compreensão da fisiologia do GH, sua produção, mecanismos de ação, funções e potenciais distúrbios é fundamental para a pesquisa médica e terapias endócrinas. À medida que novas descobertas são feitas, o tratamento de desordens relacionadas ao GH se torna mais eficaz, clique aqui e saiba mais mais aprimorado para aqueles que enfrentam disfunções hormonais. Por isso, a pesquisa contínua nesse campo é de extrema relevância para a medicina moderna. O Que é o Hormônio do Crescimento (GH)? O hormônio do crescimento, conhecido como GH (do inglês, Growth Hormone), é uma proteína secretada pela glândula pituitária anterior. Este hormônio desempenha um papel fundamental no crescimento e na manutenção de diversas funções metabólicas no corpo. O GH é essencial não apenas durante a infância e adolescência, quando os corpos estão em desenvolvimento, mas também ao longo da vida, influenciando a composição corporal, a massa muscular e a distribuição de gordura. A Função do GH no Crescimento e Desenvolvimento Durante a infância e adolescência, o GH estimula o crescimento das ossos e músculos, promovendo a elongação das placas de crescimento nas extremidades dos ossos. Isso não apenas resulta em um aumento na altura, mas também na densidade óssea e na força muscular. A presença adequada de GH durante essas fases é crucial para um crescimento saudável e o desenvolvimento de sistemas físicos e metabólicos funcionais. O Papel do GH no Metabolismo O GH influencia o metabolismo da glicose e das gorduras no corpo. Ele atua principalmente como um agente anti-insulínico, ajudando a aumentar os níveis de glicose no sangue durante o jejum e promovendo a lipólise, que é a degradação das reservas de gordura. Isso resulta em uma >maior disponibilidade de energia proveniente de ácidos graxos. Assim, o GH contribui para a regulação do peso e o equilíbrio energético. Como o Estilo de Vida Afeta os Níveis de GH Os níveis de GH no corpo são influenciados por diversos fatores relacionados ao estilo de vida, como o exercício físico, a dieta e o sono. Atividades intensas e de resistência podem aumentar temporariamente a secreção de GH, enquanto má qualidade do sono e dietas inadequadas podem reduzí-los. Um estilo de vida equilibrado e saudável é, portanto, essencial para otimizar a produção de hormônio do crescimento. O Papel do GH no Envelhecimento Com o avanço da idade, há uma diminuição natural na secreção de GH, o que está associado a diversas condições relacionadas ao envelhecimento, como a perda de massa muscular e o aumento da gordura corporal. Essa relação tem gerado interesse em terapias de reposição de GH, que podem oferecer benefícios em termos de rejuvenescimento e melhoria na qualidade de vida em adultos mais velhos, embora haja controvérsias e preocupações em relação à segurança e à eficácia dessas intervenções. Considerações Clínicas e Uso Terapêutico do GH O GH é utilizado clinicamente em condições de deficiência hormonal, como o nanismo hipofisário ou a síndrome de Turner, além de ser prescrito em alguns casos de síndrome de desgaste em adultos. A administração terapêutica do GH deve ser sempre realizada sob supervisão médica, pois o uso inadequado pode levar a efeitos colaterais sérios, como diabetes e acromegalia. Desafios na Mensuração dos Níveis de GH A determinação dos níveis de GH no sangue pode ser desafiadora, uma vez que sua secreção é pulsátil e pode variar significativamente ao longo do dia. Testes de estimulação, como o chamado teste de tolerância à arginina, são frequentemente utilizados para avaliar a função hipofisária e a produção de GH. A interpretação dos resultados deve ser feita por profissionais de saúde experientes, pois exige um entendimento das variações normais e patológicas nos níveis de GH.

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